Deixo aqui um poema que me foi enviado por email ...e que eu já possuía há algum tempo.
Foi enviado pelo autor do blog
http://cantodocolibri.blogspot.com/Aconselho à visita do mesmo e decidi fazer esta saliência porque considero o proprietário do blog uma pessoa diferente de mim mas igual a mim (penso que fui esclarecedora).
Um Quociente apaixonou-se
Um dia
Doidamente
Por uma Incógnita
Olhou-a com seu ar inumerável
E viu-a, do Ápice à Base...
Uma Figura Ímpar;
Olhos rombóides, boca trapezóide,
Corpo ortogonal, seios esferóides.
Fez da sua
Uma vida
Paralela à dela.
Até que se encontraram
No Infinito.
"Quem és tu?" indagou ele
Com ânsia radical.
"Sou a soma do quadrado dos catetos.
Mas pode chamar-me Hipotenusa".
E de falarem descobriram que eram
O que, em aritmética, corresponde
A alma irmãs
Primos-entre-si.
E assim se amaram
Ao quadrado da velocidade da luz.
Numa sexta potenciação
Traçando
Ao sabor do momento
E da paixão
Rectas, curvas, círculos e linhas sinusoidais.
Escandalizaram os ortodoxos
das fórmulas euclidianas
E os exegetas do Universo Finito.
Romperam convenções newtonianas
e pitagóricas.
E, enfim, resolveram casar-se.
Constituir um lar.
Uma perpendicular.
Convidaram para padrinhos
O Poliedro e a Bissectriz.
E fizeram planos, equações e
diagramas para o futuro.
Sonhando com uma felicidade
Integral
E diferencial.